A menina que atravessou a pandemia

Maria Letícia tem quase 5 meses de nascida e acaba de ganhar dos pais um plano de previdência complementar. Quem olha esse rostinho fofo não desconfia da força de gigante desta menina nem do tanto que ela já viveu. Lelê nasceu pesando apenas 630 gramas, bem no início da pandemia do novo coronavírus no Recife. No dia 13 de março, a gestação da mãe Camila precisou ser interrompida depois de apenas 28 semanas. Camila e o marido Marcello, pais de primeira viagem, viram a filha Letícia lutar pela vida durante 76 dias na UTI neonatal do Hospital Santa Joana.

Foram quase onze semanas de internação, angústia, cansaço e muita oração. Camila e Marcello nunca deixaram de acreditar no futuro de Letícia, mesmo nos dias mais difíceis. Enquanto a filha lutava para sobreviver – ela precisou de algumas transfusões de sangue, uma cirurgia e diversos procedimentos –  os pais articulavam a ajuda de um exército valioso de mães lactantes que doaram leite materno naqueles primeiros dias de vida, no auge de uma pandemia. Mulheres que arriscaram a própria saúde, e a de seus filhos, em nome da vida da filha alheia e desconhecida. “Nunca vamos esquecer a solidariedade dessas mães, que não conhecemos pessoalmente. O leite materno que Letícia recebeu na UTI foi fundamental pra termos essa história feliz hoje. No meio de toda agonia, fomos profundamente tocados pela generosidade dessas mulheres”, relembra Camila.

 

A publicitária Carolina Cabral, moradora de Caruaru, fez chegar até Lelê um pouco do leite que seu corpo fabrica para a filha Betina, de 8 meses. “Meu desejo é que todas as mães que possuem muito leite como eu também façam doação. Eu fico imensamente feliz em fazer a diferença na vida de uma família. Sigo acordando cansada na madrugada para desmamar, mas certa de que todo o meu esforço vale ouro”, relatou Carolina, que doou leite materno regularmente também em sua primeira gestação.

No próximo dia 13 de agosto, Letícia completa 5 meses de vida. Hoje, a pequena gigante pesa 3,750 quilos, quase seis vezes o peso que tinha ao nascer. É a rainha da casa e está com desenvolvimento saudável, enchendo a madrugada dos pais de sorrisos e choros.

Planos de futuro

Para marcar o quinto mês de vida da filha, Camila e Marcello fizeram a adesão de Lelê ao RealizePrev: a ideia é poupar para comemoração dos 15 anos. “Se a gente começa a economizar de agora, fica mais fácil realizar algo maior lá na frente. O plano inicial é usar parte do dinheiro para comemorar os 15 anos de Lelê, mas também para ensinar a importância de poupar desde cedo. Eu só comecei a economizar depois dos 20 anos de idade. Quero que Letícia aprenda antes”, conta Marcello, analista de sistemas na Fachesf.

Mais de 30% dos Participantes do RealizePrev têm entre 0 e 20 anos de idade. São crianças e jovens que contam com o apoio dos pais, avós, padrinhos para começarem a construção de um telhado previdenciário. E mais importante de tudo: crianças que começam a aprender o valor da poupança. Sabe aquele ditado que diz “quem ama, cuida”? Não tem descrição melhor pro ato de fazer um plano de previdência complementar para uma criança. Para mais informações sobre o RealizePrev, visite o site www.realizeprev.com.br.


Maria Eduarda é analista de comunicação da Fachesf.

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